Românicos

Jamais um corpo desintegrado reconstituiu-se tão involuntariamente; os arquitetos mais magníficos não puderam elaborar linhas assim suaves, intensas, fortes, impactantes.
Incompreensivelmente, o criador ateia fogo à coesão; a ruína que sobra é levada pelos sopros do vento; a alma agarra-se ao inimigo, nua e rechaçada...
alma adoentada!
A energia dos deuses não chega aos corpos destituídos de si, ensinam os sábios guardiães de mente iluminada.
O mais puro pó que já se pôde ter da terra que cuida; a partícula mais saborosa que jamais se soube existente;  a alma mais satisfeita de um físico perdido foi desprezada.

Guardiã
(01.08.2011)

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