Estado

Eu, ausência,
tenho no peito um fundo oco e nada além; no pensamento igual, 

sou! Ausência.
Espaçosa tristeza a que sinto:
toma minha paz, minha canção, meu lugar.

Ensaio manter o tato, ficar no salto, preservar a beleza do rosto
(desejando mascarar a opacidade do olhar).



Minha alma traz a séria realidade do Nada, pede que eu traga limpidez ao alvoroço instaurado no silêncio que a compõe...


eu grito!
Ele, 
meu corpo, ressoa o lamento cru e malcriado da mente.


Guardiã
(08.08.2011)
Imagem: filme Into the Wild

Um comentário: